CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO AJUDAM A ROMPER O ESTIGMA DA DOENÇA DE ALZHEIMER

CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO AJUDAM A ROMPER O ESTIGMA DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Um dos principais objetivos da campanha Seu Afeto Humaniza é a conscientização a respeito da doença de Alzheimer. Sabemos que a falta de conhecimento é um fator decisivo no fortalecimento do estigma sobre a demência. 

O estigma, por sua vez, gera efeitos devastadores na vida das pessoas com Alzheimer.

Quando temos contato e disseminamos informações úteis, verdadeiras e cientificamente embasadas sobre a doença de Alzheimer, contribuímos para uma visão clara sobre a mesma, combatendo, dessa forma, concepções erradas e discriminações que afetam as pessoas com o diagnóstico, e até mesmo as suas redes de apoio.

Nesse sentido, há uma série de mitos comuns a respeito do Alzheimer.

Alguns equívocos que, justamente pela falta de conhecimento adequado, são repassados como fatos e entendidos como percepções reais sobre a demência. 

Vamos, a seguir, elucidar cinco dos mitos mais comuns:

Mito 1: com o avanço da idade, o esquecimento indica um quadro de Alzheimer.

Na verdade, é comum que, no processo natural de envelhecimento, as pessoas apresentem uma queda nas funções motoras e cognitivas.

Outras doenças e condições também podem provocar esquecimentos – até mesmo o uso de alguns fármacos pode causar este efeito -, por isso é tão importante a orientação médica para um diagnóstico preciso.

De uma forma geral, esquecer-se de parte ou da totalidade de um evento pode ser um sinal de alerta. É preciso procurar auxílio médico especializado.

Mito 2: as pessoas com Alzheimer tornam-se agressivas.

Com o avanço da doença, a pessoa com Alzheimer pode apresentar comportamentos confusos, alterações de personalidade, de humor e distúrbios de conduta

Episódios de agressividade, às vezes sem motivo aparente, podem ocorrer.

Nessas situações, é muito importante focar no que a pessoa está sentindo; o que pode estar provocando aquela manifestação. Por exemplo: se está com frio/calor, fome, vontade de algo, dor/desconforto etc..

Mito 3: a pessoa com Alzheimer “deixa de ser ela”.

Este é um dos pensamentos que fortalecem comportamentos discriminatórios, já que desumaniza a pessoa com demência.

Embora ela experiencie e se expresse de novas formas, a pessoa com Alzheimer não perde a sua identidade, tampouco deixa de “estar ali”. As novas manifestações e episódios de esquecimento, confusão ou agressividade, por exemplo, não a descaracterizam: são apenas sintomas da doença de Alzheimer.

Mito 4: a pessoa com Alzheimer torna-se incapaz de realizar todas as atividades do dia a dia.

É evidente que, ao passo em que a doença de Alzheimer avança, algumas habilidades podem ser perdidas. Porém, isso não significa que a pessoa torna-se incapaz; na verdade, o estímulo de atividades prazerosas e lúdicas é fundamental para melhorar o senso de dignidade e de autoestima da pessoa com demência.

Neste caso, a palavra de ordem é planejamento

Planejar as atividades com antecedência, adequando-as ao estágio da doença e aos interesses da pessoa com Alzheimer, é essencial para que o seu desempenho seja efetivamente agradável.

Aqui, falamos sobre inserir tarefas do cotidiano, como lavar a louça ou organizar gavetas, por exemplo, mas também da inclusão em atividades sociais e passeios – desde que não sejam estressantes para a pessoa.

Mito 5: a pessoa com Alzheimer deve ser tratada como uma criança, já que exige cuidados.

A infantilização é também uma forma de desumanizar a pessoa com Alzheimer.

Não use tom de voz diferenciado e palavras no diminutivo e, principalmente, dirija-se à pessoa ao falar sobre/com ela. Sua paciência e zelo afetam diretamente na melhor qualidade de vida e dignidade da pessoa com o diagnóstico.

Veja mais informações:

Para entender melhor como o estigma é tão nocivo para as pessoas com Alzheimer e, sobretudo, como rompê-lo, confira este artigo: o que o estigma sobre as demências tem a ver comigo?

Nele você encontrará alguns exemplos práticos de como agir (e não agir) em diversas situações.

 

Clique aqui e leia também as perguntas mais frequentes sobre a doença de Alzheimer, com informações apuradas pelo Instituto Não Me Esqueças.

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