A doença de Alzheimer tem cura?

Não existe cura ainda para a doença de Alzheimer, mas existem medicamentos e tratamentos que podem amenizar os sintomas e ajudar a pessoa que vive com essa condição, bem como seus familiares a terem melhor qualidade de vida. Embora os medicamentos disponíveis até o momento não possam parar o desenvolvimento da doença de Alzheimer, eles podem ajudar a atenuar ou mesmo a estabilizar os sintomas por um tempo, atuando sobre certos elementos químicos envolvidos em transportar mensagens entre as células nervosas do cérebro. Além disso, sabe-se que as intervenções não medicamentosas têm grande ação sobre as alterações comportamentais. O Instituto Não Me Esqueças oferece um programa de Cuidado e Apoio a Pessoas com Alzheimer. Saiba mais sobre o CAPAz aqui.

O que eu faço depois do diagnóstico?

A doença de Alzheimer requer um atendimento multiprofissional, envolvendo terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo entre outros agentes da área da saúde e da assistência. 

Em Londrina, seu médico poderá encaminhá-lo ou encaminhá-la para um especialista pelo SUS. Para isso, basta você levar o encaminhamento à Unidade Básica de Saúde mais próxima e, com ele, será agendada uma consulta em um dos seguintes locais”

  • Ambulatório de Alzheimer da Policlínica
  • Ambulatório de Geriatria – PUC
  • Ambulatório de Neurologia – PUC
  • Ambulatório de Neurologia – Hospital das Clínicas – UEL
  • Ambulatório de Neurologia – Cismepar

Nós oferecemos apoio pós-diagnóstico. Para saber mais, clique aqui.

Que profissional devo buscar para o diagnóstico?

Se você ou alguém que conheça estiver apresentando algum dos seguintes sinais, procure um geriatra, um neurologista, um psiquiatra ou seu médico na Unidade Básica de Saúde:

  • Esquecendo de compromissos como eventos, contas a serem pagas, eventos importantes
  • Perdendo-se em locais conhecidos
  • Dificuldades para memorizar novas informações
  • Fazendo a mesma pergunta repetidas vezes
  • Dificuldades para realizar atividades cotidianas como ir ao mercado, ao banco, cozinhar

O que é natural do envelhecimento e o que pode indicar sinais da doença de Alzheimer?

É muito comum que as pessoas, em seu processo natural de envelhecimento, apresentem queda nas funções motoras e cognitivas. No entanto, é importante que estejamos atentos para aquilo que é próprio desse processo e para aquilo que sinaliza a doença de Alzheimer. A falta de um diagnóstico precoce ou diagnósticos equivocados têm efeitos sobre a qualidade de vida das pessoas. 

Será que é Alzheimer?

Nem sempre é simples perceber a diferença entre as alterações nas funções cognitivas resultantes do processo natural de envelhecimento, e os sintomas que poderão traduzir a instalação de um quadro patológico.

No entanto, se de alguma forma, as alterações passam a interferir na rotina da pessoa, é aconselhável que se faça uma consulta médica, para que após avaliação clínica, seja iniciado o processo de diagnóstico diferencial.

A pessoa que vive com Alzheimer só se esquece das coisas recentes?

Dentre os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer estão os pequenos esquecimentos que, em geral, são tomados como natural do envelhecimento. De fato, ter uma vaga lembrança de algo é parte do processo. Mas, esquecer-se de parte ou da totalidade de um evento, pode ser um sinal de alerta que, com o tempo, vai se agravando e as pessoas começam a apresentar comportamentos confusos, alterações de personalidade, de humor, distúrbios de conduta. Na medida em que a doença de Alzheimer progride, as células do cérebro morrem e as conexões entre elas se perdem fazendo com que os sintomas se agravem. Com o tempo, pessoas com Alzheimer apresentam desorientação, mudanças de humor, desconfiança infundada em relação a familiares, amigos e cuidadores, perda severa de memória, alterações no sono, alucinações e dificuldade para falar, engolir e andar.

É normal sentir-se deprimido com o envelhecimento?

A depressão é muito comum em pessoas com Alzheimer, especialmente nos estágios inicial e intermediário. Há casos em que o diagnóstico de ambas as doenças se confundem. Isso porque há sintomas comuns como apatia, perda de interesse em atividades ou hobbies, isolamento social, dificuldade de concentração e comprometimento na tomada de decisões.

Se você notar sintomas de depressão, procure um médico. Diagnóstico e tratamento apropriados podem melhorar o bem-estar, o funcionamento e a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer.

Se você notar sintomas de depressão, procure um médico. Diagnóstico e tratamento apropriados podem melhorar o bem-estar, o funcionamento e a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer.

O que devo fazer para evitar a doença de Alzheimer?

Lesões na cabeça: Pode haver uma forte relação entre lesões sérias na cabeça e risco futuro de Alzheimer, especialmente quando o trauma ocorre repetidamente ou envolve a perda da consciência. Proteja sua cabeça afivelando seu cinto de segurança, usando seu capacete quando participar de esportes e torne sua casa segura contra quedas.

Conexão coração-cabeça: Algumas das evidências mais fortes ligam a saúde da cabeça à saúde do coração. Essa conexão faz sentido porque o cérebro é nutrido por uma das mais ricas redes de vasos sanguíneos e o coração é responsável por bombear o sangue através desses vasos para o cérebro. O risco de desenvolver a doença de Alzheimer ou demência vascular parece ser potencializado por muitas condições que danificam o coração e os vasos sanguíneos. Isso inclui doenças coronárias, diabetes, AVC, pressão alta e colesterol alto. Atue junto ao seu médico  e à sua médica para monitorar a saúde de seu coração e tratar dos problemas que aparecem.

Envelhecimento saudável: Uma linha promissora de pesquisas sugere que estratégias para um envelhecimento saudável pode ajudar a manter o cérebro saudável e pode até mesmo reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Essas medidas incluem alimentar-se de uma dieta saudável, manter-se socialmente ativo, evitar o tabaco e o álcool e exercitar tanto o corpo quanto a mente.

Tenho histórico da doença de Alzheimer na minha família. Isso que dizer que eu também terei?

Médicos e especialistas da área da saúde concordam, em grande parte das vezes, que a Doença de Alzheimer, assim como outras condições crônicas, desenvolva-se provavelmente como resultado de uma complexa interação de múltiplos fatores, incluindo idade, genética, ambiente, estilo de vida e condições médicas coexistentes.

Embora alguns fatores de risco não possam ser mudados – idade e genética, por exemplo – outros podem e devem. Pressão alta, diabetes, depressão, sedentarismo, alimentação estão entre os fatores sobre os quais podemos agir.

 

A relação com seu médico/a deve ser tranquila e de muita confiança. Ele/a poderá te ajudar a entender as opções disponíveis para tratamento e facilitar sua tomada de decisões.

  • Quais as opções de tratamento disponíveis?
  • Onde encontrar opções não medicamentosas, como as que oferecemos pelo Instituto Não Me Esqueças?
  • Que opções você acredita que melhor se adequam à nossa situação?
  • Que tipo de avaliação você vai usar par determinar se o tratamento está sendo efetivo?
  • Quanto tempo será necessário até que possamos avaliar a efetividade do tratamento?
  • Como você irá monitorar os efeitos colaterais do tratamento?
  • Que efeitos colaterais devemos observar em casa?
  • Em que circunstâncias devemos chamá-lo?
  • Alguma das opções de tratamento têm maiores chances de interferir em medicamentos usados para outras enfermidades?

Por que às vezes é tão difícil lidarmos com a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer ainda sofre muitos estigmas. Estigma é o uso de rótulos negativos para se referir a pessoas com alguma deficiência ou doença. No caso da doença de Alzheimer, o estigma se deve, em parte, à falta de compreensão e de sensibilidade em relação à doença, seus sintomas e formas de lidar com a pessoa que vive com essa condição. Isso previne as pessoas de:

  • procurar tratamento médico, quando os sintomas aparecem
  • receber diagnóstico em tempo ou mesmo qualquer diagnóstico
  • viver a vida da melhor maneira possível enquanto pode
  • fazer planos futuros para si e para aqueles a quem ama
  • se beneficiar de tratamentos disponíveis
  • criar um sistema de apoio participar de experimentos clínicos

Não deixe que o estigma se torne mais um obstáculo. Aprenda. Envolva-se.

Eu tenho Alzheimer. O que posso fazer?

As pessoas que vivem com Alzheimer tendem a se afastar do convívio social e familiar. O medo e a vergonha de não se lembrar de nomes e as dificuldades para planejar tarefas cotidianas estão entre as razões que os levam a um gradativo isolamento. Mas, como alguém que convive com a doença, sua voz é a mais importante no processo de conscientização, de combate ao estigma e de luta por recursos e financiamentos para pesquisa.

Não negue ou esconda a doença. Torne-se parte da solução. Venha conosco ser a voz que luta por direitos e qualidade de vida!

Não negue ou esconda a doença. Torne-se parte da solução. Venha conosco ser a voz que luta por direitos e qualidade de vida!

Não sei como lidar com uma pessoa com Alzheimer. O que devo fazer?

Além da perda progressiva e irreversível da memória e da capacidade de organizar rotinas e planejar ações, a doença de Alzheimer provoca mudanças no comportamento e na personalidade das pessoas que vivem com essa condição.

As pessoas com Alzheimer podem dizer ou fazer algo muitas vezes, seguidamente, como repetir uma pergunta, uma palavra ou uma atividade ou como desfazer algo que acabou de ser feito. Em muitos casos, ela está provavelmente procurando por conforto, segurança e familiaridade.

Lembre-se de que é a doença que causa esse comportamento e não a pessoa. Mantenha seu foco na emoção e não no comportamento. Ao invés de reagir ao que a pessoa está fazendo, pense em como ela está se sentindo.

É normal que pessoas com Alzheimer sejam agressivas?

Pessoas com Alzheimer podem demonstrar comportamentos agressivos, verbais ou físicos. Eles podem acontecer repentinamente, sem motivo aparente, ou como resultado de uma situação frustrante. Mesmo sendo bastante difícil lidar com a agressividade, compreender que a pessoa com Alzheimer não age assim de propósito, pode ajudar.

Concentre-se nos sentimentos da pessoa e não em seu comportamento:

  • Existe algum desconforto físico como dor, cansaço, sede?
  • O ambiente está barulhento ou com muitas pessoas?
  • A qualidade da comunicação é adequada? Ou você está fazendo muitas perguntas e dando muitas informações ao mesmo tempo?
  • Suas instruções são simples e fáceis de serem entendidas?
  • Você está tranquilo ou a pessoa está respondendo à sua agressividade?

O que são alucinações?

Alucinações são percepções falsas de objetos ou eventos que envolvem os sentidos. As mudanças sofridas no cérebro de pessoas com Alzheimer podem provocar essas falsas percepções, especialmente nos estágios mais avançados da doença. Algumas alucinações podem ser assustadoras, enquanto outras podem envolver visões comuns de pessoas, situações ou objetos do passado.

Quando lidar com alucinações, seja cuidadoso. Avalie se a alucinação é um problema para pessoa ou pra você. Ela está aborrecendo a pessoa que vive com Alzheimer? Levando-a a algo perigoso? Fazendo com que fique assustada? Se for o caso, então, reaja rápida e calmamente, com palavras de confiança e toques que tragam conforto. Não discuta com a pessoa sobre o que ela vê ou ouve. Se as alucinações não promovem perigo, pode não ser necessário intervir.

Além da perda da memória, o que mais vive uma pessoa com Alzheimer?

São diferentes os sintomas da doença de Alzheimer, na medida em que ela avança e para cada indivíduo. Em alguns momentos da fase intermediária, uma pessoa com Alzheimer pode se sentir ansiosa ou agitada. Isso pode ser causado por uma série de condições médicas diferentes ou por qualquer circunstância que agrave as condições do pensamento da pessoa. Afinal, a pessoa com Alzheimer experimenta uma profunda perda da sua habilidade para negociar informações e estímulos novos.

Situações que podem provocar ansiedade e agitação incluem:

  • Mudança para uma nova casa
  • Mudanças no ambiente, tais como viagem, internação hospitalar ou presença de hóspedes em casa
  • Mudança nos cuidadores ou cuidadoras
  • Medo e cansaço resultantes da tentativa de fazer sentido de um mundo confuso

O que devo fazer para evitar que uma pessoa com Alzheimer se perca?

Uma pessoa com Alzheimer pode não se lembrar seu nome ou endereço e pode se tornar desorientada, mesmo em lugares familiares. Seis entre dez pessoas com Alzheimer vagueiam e podem se perder.

Algumas estratégias podem diminuir as chances de que isso aconteça:

  • Mantenha as atividades diárias e crie rotinas
  • Planeje atividades e exercícios que reduzam a agitação
  • Se a pessoa insiste em “ir para casa” ou “ir para o trabalho”, mantenha uma comunicação focada na validação. Por exemplo: “Nós vamos ficar esta noite. Nós estamos seguros aqui e eu vou ficar com você. Nós vamos amanhã, depois de uma boa noite de sono”
  • Coloque trancas nas portas, fora do alcance da pessoa
  • Use dispositivos eletrônicos que avisam quando a porta ou janela se abrem
  • Não deixe a pessoa desacompanhada, mesmo nos estágios iniciais da doença. Perder-se em lugares familiares só requer um único evento em que o lapso na memória “apaga” aquilo que era conhecido. 

Como posso lidar com a desconfiança?

Pessoas com Alzheimer podem passar a suspeitar de outras ao seu redor, acusando-as, por exemplo, de roubo, de traição ou de outros comportamentos impróprios. Ainda que as acusações possam ser dolorosas, lembre-se de que é a doença que causa esses comportamentos e procure não se ofender.

Você pode lidar com a situação procurando:

  • ouvir o que atormenta a pessoa com Alzheimer e compreender aquela realidade que a aflige, e que para ela é real
  • Não discutir ou tentar convencê-la de que está imaginando coisas
  • Dar respostas simples e evitar explicações longas
  • Envolver a pessoa em outra atividade

Lembre-se de que as mudanças no comportamento e na personalidade são consequências da doença e não um reflexo da pessoa com Alzheimer.

Uma pessoa com Alzheimer irá progressivamente precisar de assistência para organizar seu dia. Atividades prazerosas e bem planejadas podem reduzir a agitação e melhorar o estado de espírito. O planejamento funciona melhor quando continuamente analisado e ajustado ao estágio da doença.

As atividades podem incluir:

  • Tarefas domésticas, como lavar louça ou ajudar no preparo de uma refeição
  • Cuidados pessoais
  • Exercícios para criatividade, como música, pintura ou artesanato
  • Exercícios intelectuais, como leitura ou quebra-cabeças
  • Exercícios físicos
  • Encontros e reuniões sociais
  • Momentos de espiritualidade

O tipo de atividade e como ela é realizada não é tão importante quanto o prazer e o sentimento de realização que a pessoa pode ter ao realiza-la.

Fique sempre atento aos sentimentos de quem você ama. E procure nosso serviço CAPAz – Cuidado e Apoio a Pessoas com Alzheimer. 

Por que é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes?

É comum que as pessoas com Alzheimer sintam-se inseguras e neguem seu diagnóstico. Nos estágios iniciais da doença, há muitas coisas que a pessoa com Alzheimer pode fazer para lidar com as mudanças e os desafios que virão.

Aprender tanto quanto você pode sobre seu diagnóstico é o primeiro passo para que você ganhe controle sobre a doença e tome decisões que ajudarão a viver com dignidade com a doença pelo maior tempo possível.

Aprender sobre como a doença vai progredir e impactar a sua vida ajuda a:

  • Conectar-se mais fortemente com suas emoções e sentimentos
  • Ter maior confiança e planejar seu futuro
  • Ser um participante ativo nas decisões financeiras e de cuidado futuras
  • Discutir medicamentos e tratamentos disponíveis com seu médico
  • Reavaliar suas prioridades
  • Educar outras pessoas e reduzir o estigma

Envolva-se. Seja parte da solução.

Que dicas devo ter em mente?

Uma pessoa com Alzheimer não precisa deixar de fazer as coisas que gosta. Muitas atividades podem ser modificadas para as possibilidades da pessoa, em cada estágio da doença. Além de melhorar a qualidade de vida, as atividades reduzem as chances de comportamentos como agressividade e irritação.

Você pode ajudar a planejar atividades. Veja algumas dicas:

  • Tenha em mente as habilidades e dons da pessoa e valorize isso na rotina;
  • Observe as atividades que a pessoa faz com alegria, medo, ansiedade e escolha aquelas que dão satisfação;
  • Explore aquelas atividades que a pessoa realiza sem ajuda, como colocar a mesa para uma refeição, lavar a louça, organizar coisas, cuidar de plantas;
  • Encoraje o envolvimento da pessoa nas rotinas domésticas e nas atividades que ela gosta de fazer.

Lembre-se de manter o foco na satisfação da atividade e não na sua realização. Não importa como a pessoa com Alzheimer vai realizar a atividade, mas o sentimento que ela provoca.

Como posso ajudar uma pessoa com Alzheimer?

A pessoa com Alzheimer precisa de ajuda para organizar suas atividades. Atividades planejadas podem melhorar o senso de dignidade e de autoestima da pessoa e dar mais sentido à sua vida.

Algumas dicas que podem ser úteis:

  • Ajude a pessoa com Alzheimer a começar a atividade;
  • Ofereça apoio e supervisão;
  • Concentre-se no processo e não no resultado;
  • Seja flexível;
  • Diga à pessoa que ela é necessária e que sua ajuda será importante;
  • Não critique ou corrija a pessoa;
  • Se algo não funcionar, pode ser em razão do momento ou da complexidade da atividade. Tente novamente em outro horário ou adapte a atividade.

A música pode enriquecer as vidas das pessoas com Alzheimer. Estudos mostram que a música pode reduzir a agitação e melhorar as dificuldades comuns nos estágios intermediários da doença. Mesmo em estágios mais avançados, a pessoa consegue acompanhar o ritmo e cantar partes de músicas da sua infância, juventude, vida adulta. A música oferece uma oportunidade para se conectar, mesmo depois que a comunicação verbal se torna comprometida.

  • Identifique músicas que são agradáveis à pessoa com Alzheimer. Se possível, deixe que ela mesma escolha;
  • Escolha uma fonte que não seja interrompida por comerciais. Isso pode ser confuso para a pessoa com Alzheimer;
  • Use a música para criar a atmosfera que você deseja: uma música tranquila pode ajudar a criar um ambiente calmo e uma música mais animada ou uma cantiga de roda pode animar e evocar boas memórias;
  • Encoraje o movimento como palmas e dança;
  • Evite sobrecarga de estímulos como barulhos externos, televisão ou outros ruídos. Mantenha o volume agradável para a pessoa.

Como posso lidar com a apatia de uma pessoa com Alzheimer?

Projetos artísticos e artesanais ajudam a criar sentimento de realização e são oportunidades de expressão pessoal.

Ao planejar atividades para pessoas com Alzheimer nos estágios intermediários ou avançados, siga essas dicas:

  • Mantenha o projeto no nível adequado a adultos. Apesar das limitações cognitivas, as pessoas com Alzheimer não devem ser tratadas como crianças;
  • Converse ao longo do projeto, encorajando a pessoa e discutindo sobre o que está fazendo;
  • Ajude a pessoa a começar o projeto;
  • Evite materiais perigosos, tóxicos ou pontiagudos;
  • Permita que a pessoa use o tempo que quiser. O importante não é terminar o projeto e tampouco fazê-lo em um único momento.

Existe alguma recomendação sobre alimentação para pessoas com Alzheimer?

Nutrição adequada é importante para manter o corpo da pessoa com Alzheimer saudável, evitar alterações de comportamento e a perda de peso.

Na medida em que a doença avança, a perda de apetite e de peso pode se tornar um problema. Nesses casos, o médico pode sugerir a ingestão de suplementos ou a revisão da dieta.

Manter a hidratação pode ser um problema também. Encoraje a ingestão de líquidos oferecendo pequenas e constantes porções de água, sucos ou alimentos como frutas, sopas, mikshakes e vitaminas naturais.

Consulte sempre seu médico ou sua médica. 

O que fazer quando a pessoa com Alzheimer não se lembra das pessoas e das coisas?

Nos estágios mais avançados da doença de Alzheimer a pessoa pode não se lembrar mais de familiares, amigos, lugares e eventos. As situações que envolvem perda de memória e confusões são bastante difíceis para os cuidadores e exigem muita compreensão e paciência.

  • Mantenha-se calmo. Embora ser chamado por um outro nome ou confundido com outra pessoa possa ser doloroso, evite demonstrar seu sofrimento;
  • Responda com explicações breves e simples. Não sobrecarregue a pessoa com explanações longas e repreensões. Diga somente: “Pensei que fosse sua irmã, Amélia” ou “Eu acho que isso é um garfo”;
  • Explore fotos e outras lembranças para ajudar a pessoa com Alzheimer a se lembrar de lugares e de pessoas importantes;
  • Não tome como pessoal. A doença leva a pessoa que você ama a se esquecer, mas seu apoio e compreensão continua a ser valorizado por ela.